Aumento de casos de Covid-19 preocupa autoridades de saúde no Brasil

As autoridades de saúde brasileiras estão expressando preocupação novamente em relação à Covid-19. O Boletim InfoGripe mais recente da Fiocruz, divulgado na quinta-feira (4 de setembro), aponta um aumento no número de casos da doença em vários estados, especialmente entre a população idosa. O vírus continua a circular em todas as regiões do país, incluindo Rondônia, onde o aumento de casos no estado vizinho do Amazonas gera alerta adicional.

De acordo com o estudo nacional da Fiocruz referente à Semana Epidemiológica 35 (entre 24 e 30 de agosto), a Covid-19 voltou a ser a principal causa de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em estados como Rio de Janeiro e Amazonas. Além disso, notificações de SRAG relacionadas ao vírus têm mostrado crescimento em estados do Centro-Sul, incluindo o Distrito Federal, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Minas Gerais, além de parte do Nordeste, com destaque para Piauí e Paraíba.

Embora os números demonstrem uma tendência de aumento, a Fiocruz ressalta que esses dados ainda estão em níveis considerados baixos. No entanto, a situação exige atenção e monitoramento contínuo para proteger os grupos mais vulneráveis. A vacinação permanece a estratégia mais eficaz para assegurar a proteção da população e impedir uma propagação descontrolada do vírus.

No estado de Rondônia, o último Boletim Epidemiológico da COVID-19 e outros vírus respiratórios publicado pela Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) é o nº 2, referente a fevereiro e março de 2025. Este boletim aponta que, no início do ano, os casos de Covid-19 foram considerados menores em comparação ao ano anterior, 2024.

No entanto, os dados continuam preocupantes devido ao volume de internações e óbitos. De 1º de janeiro a 10 de abril de 2025, Rondônia notificou 9.450 casos confirmados de Covid-19, resultando em uma taxa de incidência acumulada de 520,6 casos por 100 mil habitantes, além de 17 óbitos, o que corresponde a uma taxa de mortalidade de 1,0 por 100 mil habitantes no trimestre avaliado.

A mortalidade da Covid-19 apresentou concentração de óbitos em municípios de menor população, impactando significativamente os indicadores. Os municípios de Parecis (15,8/100 mil hab.), Vale do Paraíso (15,4/100 mil hab.), Ministro Andreazza (10,6/100 mil hab.) e Vale do Anari (8,7/100 mil hab.) estão entre os que registraram as maiores taxas de mortalidade, mesmo com números absolutos baixos, destacando a necessidade de monitoramento nas áreas com infraestrutura de saúde reduzida e maior vulnerabilidade populacional.

Por outro lado, a capital Porto Velho, embora apresente o maior número total de casos (2.487), apresenta taxas proporcionais abaixo da média de vários municípios do interior, com uma incidência de 453,1 a cada 100 mil habitantes e uma taxa de mortalidade de 1,1 por 100 mil habitantes.