Revogaço geral do TikToker deixa educação sem fiscalização de contratos milionários

Transcorridos quase noventa dias da gestão municipal em Porto Velho, o prefeito Léo Moraes se destaca por sua presença ativa nas redes sociais, principalmente no Instagram e TikTok, onde denuncia os problemas da capital rondoniense. Contudo, sua habilidade em comunicação contrasta com a falta de ações práticas na administração municipal.

Recentemente, Moraes promoveu diversas revogações de decisões tomadas por seu antecessor, especialmente em relação à fiscalização das escolas e do Conselho Municipal de Educação (CME). A gestão atual tomou a decisão autoritária de destituir a presidência do CME, órgão responsável por fiscalizar a aplicação dos mais de R$ 750 milhões destinados à educação.

A nova presidência, escolhida pelo prefeito, refere-se a um processo que levanta sérias preocupações sobre a gestão democrática e a participação da comunidade nas decisões educacionais. Essa mudança poderá impactar não apenas a fiscalização de temas relevantes como transporte escolar e a falta de professores, mas também comprometer recursos federais que exigem gestão democrática para sua liberação.

Além do CME, o Conselho da Faculdade da Prefeitura também passou por mudanças drásticas, com a troca de todos os conselheiros de forma abrupta, levantando questões sobre a legalidade de ações que parecem beneficiar diretamente os interesses do prefeito e de seus aliados. Com essa reestruturação, questiona-se a transparência e a moralidade nas novas nomeações, que incluem pessoas envolvidas em gestões passadas mal avaliadas.

Enquanto isso, a Câmara de Vereadores permanece em silêncio, e as preocupações sobre a aplicação do orçamento da educação, a adequação do transporte escolar e a presença de professores nas salas de aula se acumulam. A falta de esclarecimentos sobre essas questões por parte da administração municipal gera grande apreensão na população.