TCE de Rondônia identifica avanços e problemas em hospitais de Porto Velho

Fiscalizações do TCE-RO em hospitais de Porto Velho revelam avanços na estrutura, mas também problemas sérios, como falta de insumos e superlotação, que afetam o atendimento.

TCE de Rondônia identifica avanços e problemas em hospitais de Porto Velho

A atuação estratégica e contínua do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) nos hospitais de Porto Velho tem revelado avanços importantes, mas também desafios que ainda comprometem a qualidade do atendimento à população.

Durante fiscalizações realizadas no Hospital de Base, na Assistência Médica Intensiva (AMI) e no Hospital João Paulo II, no dia 18 de novembro, a equipe técnica do TCE-RO identificou melhorias, mas também apontou problemas sérios que exigem atenção imediata.

A ação faz parte do Programa Permanente de Fiscalização da Saúde, que visa induzir melhorias no atendimento à população e nas condições de trabalho dos profissionais da saúde, unindo rigor técnico e escuta humanizada.

No Hospital de Base, as condições de limpeza e cuidado dos ambientes foram elogiadas, e os protocolos de higienização estavam sendo seguidos. Os pacientes e acompanhantes demonstraram satisfação com as acomodações, embora a equipe técnica tenha encontrado pontos críticos, como um setor desativado por falta de profissionais, equipamentos danificados e a escassez de insumos básicos.

Esses problemas têm comprometido atendimentos e cirurgias, aumentando o tempo de internação e o risco de infecções hospitalares. Acompanhantes de pacientes relataram a necessidade de acompanhamento e cobrança por parte do TCE-RO, dado que a população está diretamente envolvida com a qualidade dos serviços de saúde.

No Hospital João Paulo II, foram observadas melhorias, como a entrega de insumos e reformas em algumas alas, mas a superlotação e a falta de médicos em sobreaviso ainda são preocupações significativas. A equipe de fiscalização também identificou falhas em equipamentos como tomógrafos e problemas elétricos na UTI, além da escassez de medicamentos e insumos básicos.

Um médico que acompanhou a fiscalização destacou a importância da transparência durante o processo, enfatizando que o hospital é um suporte crucial para pacientes de outros estados.

Na Assistência Médica Intensiva (AMI), persistem problemas antigos, como a insuficiência de profissionais na escala de plantão, o que causa sobrecarga na equipe. Embora tenha havido melhorias na infraestrutura, como a retirada de entulhos, continuam a existir problemas com banheiros em condições inadequadas e equipamentos essenciais fora de funcionamento, além de falhas na limpeza.

Com base nas visitas, o TCE-RO elaborou relatórios técnicos com recomendações à gestão estadual. O objetivo é transformar essas observações em ações concretas para melhorar o atendimento à população e as condições de trabalho dos profissionais de saúde. O auditor de Controle Externo do TCE-RO, Wesler Neves, coordenador dessa ação, explicou que a fiscalização inclui ouvir profissionais e pacientes e verificar a correção de apontamentos anteriores, assegurando que os serviços prestados à população sejam da melhor qualidade.

Fonte da imagem: Assessoria

Fonte das informações: TCE-RO