Estudo aponta que recuperação da Amazônia pode gerar US 784 bilhões em 30 anos
Estudo revela que a restauração de áreas desmatadas na Amazônia pode gerar US$ 784 bilhões em três décadas e reduzir 26 gigatoneladas de CO₂.

Um estudo recente, realizado pelo projeto Amazônia 2030 em colaboração com o CPI/PUC-Rio, revela que a recuperação de áreas desmatadas na Amazônia pode gerar um retorno econômico de US$ 784 bilhões ao longo de 30 anos, além de permitir a remoção de 26 gigatoneladas de dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera.
O levantamento introduz o Mecanismo de Reversão de Desmatamento (RDM), que propõe uma recompensa financeira por cada tonelada de carbono recuperada a partir da restauração da floresta. Os recursos financeiros para esse mecanismo seriam provenientes da venda de créditos de carbono para empresas e governos que buscam compensar suas emissões de gases de efeito estufa.
O estudo destaca que o estado do Pará possui o maior potencial de captura de carbono, com estimativas de US$ 292 bilhões. Em seguida, estão Mato Grosso, com US$ 221 bilhões, e Rondônia, que pode atingir até US$ 106 bilhões.
Os autores do estudo argumentam que a restauração da floresta não apenas traz benefícios ambientais, mas também pode gerar renda, criar empregos e impulsionar o desenvolvimento sustentável na região, transformando a Amazônia em um motor econômico que respeita a biodiversidade.