Ministério Público de Rondônia pede reativação de UTI no Hospital Regional de Cacoal
O Ministério Público de Rondônia protocolou ação civil para reabrir a ala III da UTI do Hospital Regional de Cacoal, fechada em 2023, após transferências de 636 pacientes.

O Ministério Público de Rondônia ajuizou uma ação civil pública contra o Estado de Rondônia, exigindo a reativação imediata da ala III da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Cacoal (HRC), que foi desativada em 2023. Durante o primeiro semestre de 2025, 636 pacientes foram transferidos para outras unidades devido à falta de leitos de terapia intensiva.
No mesmo período, o HRC enfrentou dificuldades adicionais, com 3.579 pacientes buscando atendimento em UTI. O promotor de Justiça Marcos Ranulfo Ferreira ressaltou o impacto negativo da desativação da ala, sublinhando a importância dos serviços prestados tanto pelo Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal (Heuro) quanto pelo HRC.
As instituições foram criadas para fornecer atendimento descentralizado em urgência e emergência, tanto em média quanto em alta complexidade, e têm enfrentado prejuízos significativos com o fechamento da UTI. A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) foi contatada, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.
O Hospital Regional de Cacoal apresenta um histórico de problemas administrativos, incluindo o fechamento das alas II e III em 2023 e 2024 por falta de profissionais de saúde. Essas denúncias levaram a uma investigação pelo Tribunal de Contas do Estado. Ademais, durante a pandemia de Covid-19, o hospital também teve que reduzir o número de leitos pela mesma razão.
Inaugurado em 2010, o HRC é referência na região, possuindo 166 leitos em total, sendo 28 destinados a UTI adulto, 7 para pediátricos humanizados e 5 salas de cirurgia para procedimentos em média e alta complexidade.