Trabalhadores por aplicativos crescem 25 4% em 2024 segundo IBGE

O número de trabalhadores por aplicativos cresceu 25,4% em 2024, totalizando quase 1,7 milhão, com predominância na informalidade e na região Sudeste.

Trabalhadores por aplicativos crescem 25 4% em 2024 segundo IBGE

O número de pessoas que trabalham por meio de aplicativos cresceu 25,4% em 2024 em comparação com 2022, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O total de trabalhadores nessa modalidade aumentou de 1,3 milhão para quase 1,7 milhão.

A participação desses profissionais na população ocupada também aumentou, passando de 1,5% para 1,9% entre os 88,5 milhões de ocupados no Brasil. Segundo o analista do IBGE, Gustavo Fontes, esse crescimento pode ser atribuído à possibilidade de maior renda, além da flexibilidade em relação à jornada e ao local de trabalho.

Entre as categorias de trabalho por aplicativo, o transporte de passageiros é o mais significativo, respondendo por 53,1% dos trabalhadores. As outras categorias incluem entrega de produtos e refeições (29,3%), serviços gerais e profissionais (17,8%) e táxi (13,8%).

A pesquisa também revela que a informalidade é predominante nesse setor: 71,1% dos trabalhadores não possuem vínculo formal, em contraste com 44,3% na população ocupada em geral. Além disso, a maioria dos trabalhadores por aplicativo atua por conta própria, totalizando 86,1%.

O perfil demográfico dos trabalhadores por aplicativo, de acordo com os dados do IBGE, indica que 83,9% são homens e 47,3% estão na faixa etária de 25 a 39 anos. A maioria deles possui ensino médio completo ou superior incompleto, representando 59,3% do total.

A região Sudeste é a que concentra a maior porcentagem de trabalhadores por aplicativo, com 53,7%, sendo a única região com participação acima da média nacional de 2,2%.

O levantamento foi realizado no terceiro trimestre de 2024, em colaboração com a Unicamp e o Ministério Público do Trabalho (MPT), e é classificado como experimental.

O tema está em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF), que deve julgar, em novembro, a questão do vínculo empregatício entre motoristas e plataformas digitais, um ponto de divergência entre trabalhadores e empresas.

Fonte da imagem: Freepik

Fonte das informações: IBGE