Prefeitura de Porto Velho dá calote e atendimentos psicológicos a servidores estão prestes a ser suspensos
Servidores de Porto Velho enfrentam a suspensão iminente de atendimentos psicológicos devido a calote da Prefeitura, com pagamentos atrasados há sete meses.

A saúde mental dos servidores públicos de Porto Velho está em risco. Todas as clínicas conveniadas ao IPAM (Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município), responsáveis pelos atendimentos odontológicos, psicológicos e psiquiátricos, estão com os pagamentos atrasados há sete meses. Algumas já iniciaram a suspensão dos serviços, e as demais podem interromper os atendimentos até o dia 15 de agosto, caso a Prefeitura não regularize a situação.
Esse caso reflete o descaso da atual gestão municipal para com seus servidores. Os valores referentes aos atendimentos são descontados diretamente dos contracheques dos funcionários da Prefeitura, mas não estão sendo repassados às clínicas conveniadas. Os trabalhadores pagam por um serviço que está sendo negado devido à falta de repasse do Município.
Os atendimentos psicológicos, realizados semanalmente, são considerados essenciais por profissionais da área e pelos pacientes, muitos deles servidores da educação municipal. Sob pressão, exaustos e adoecidos, relatam que a terapia é “o que os mantém de pé”. Muitos são pacientes com transtornos psiquiátricos em tratamento contínuo, que não podem ser interrompidos sem consequências sérias para a saúde.
A situação prejudica não apenas a saúde dos servidores, mas também a subsistência dos profissionais que fornecem esses atendimentos — psicólogos, psiquiatras e dentistas — que estão há sete meses sem receber, continuando a trabalhar por compromisso ético com seus pacientes.
As clínicas já notificaram o IPAM e alertaram que, sem uma negociação até 15 de agosto, os atendimentos serão oficialmente suspensos. Pacientes estão sendo orientados a procurar o Instituto e exigir providências.
O desrespeito com prestadores de serviços não é novidade na gestão do prefeito Léo Moraes. No início do ano, o prefeito exibiu um vídeo nas redes sociais em que carregava caixas de medicamentos, prometendo tirar a saúde do caos. Entretanto, o fornecedor daquele material nunca recebeu o pagamento.
Com várias clínicas ameaçando parar os serviços por falta de repasse, a gestão de Léo Moraes demonstra novamente sua falta de capacidade para gerir de maneira responsável a saúde e o bem-estar dos trabalhadores da administração pública.
Os servidores pagam, as clínicas trabalham, mas a Prefeitura não cumpre seus compromissos.
A responsabilidade recai sobre o servidor municipal, que permanece adoecido, desassistido e cada vez mais abandonado por um governo que parece priorizar apenas sua própria propaganda.