Operação prende seis suspeitos de manipular jogos de futebol

Seis pessoas foram presas na Operação Jogada Marcada, que investiga manipulação de resultados em partidas de futebol. Os envolvidos incluem árbitro e ex-dirigentes de clubes.

Operação prende seis suspeitos de manipular jogos de futebol

Uma operação da Polícia Civil de Goiás, denominada Jogada Marcada, resultou na prisão de seis pessoas nesta quarta-feira (9). Os detidos são suspeitos de integrarem uma organização criminosa que manipulava resultados de partidas de futebol. Um dos investigados continua foragido.

De acordo com a polícia, um dos suspeitos movimentou mais de R$ 11 milhões durante o período investigado. Os presos incluem um árbitro de futebol da Paraíba, um ex-presidente de clube do Ceará, além de dois aliciadores e dois ex-jogadores. Os mandados de prisão foram cumpridos nos estados do Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Ceará e Pernambuco.

A identidade dos presos não foi divulgada, mas a polícia revelou que um dos ex-atletas ainda estava em atividade, enquanto o outro já havia se aposentado quando a investigação foi iniciada em 2022.

Investigação

O delegado Eduardo Gomes, responsável pelo Grupo Antirroubo a Banco (GAB), informou que a denúncia foi feita pelo presidente de um clube que participou do Campeonato Goiano, que teria sido alvo de um intermediário vinculado à organização criminosa.

A investigação revelou a estrutura hierárquica do grupo, que se divide em três níveis principais:

  • Financiadores: responsáveis pelo aporte financeiro necessário às fraudes.
  • Intermediários: encarregados de estabelecer contato e apresentar propostas ilícitas aos profissionais do futebol.
  • Executores: constituídos por jogadores, treinadores e dirigentes de clubes.

Derrotas em sequência

Embora não tenham sido identificados jogos com atividades suspeitas em Goiás, a polícia está avaliando partidas realizadas no estado. O delegado relatou que uma fase de um torneio cearense, onde um time da região perdeu todos os jogos, já foi identificada. Na época, este time, em que um ex-presidente foi preso, foi excluído do campeonato cearense por razões administrativas. A investigação conseguiu comprovar que o presidente recebeu, pelo menos, R$ 200 mil, em parcelas premeditadas antes e depois dos jogos.