Batalha de Itacoatiara é resgatada em história em quadrinhos décadas depois
A Batalha de Itacoatiara, ocorrida em 1932, é resgatada numa HQ de Rogério Mascarenhas, enquanto a política em Rondônia se prepara para alianças em 2026.

Na história do Brasil, eventos negativos muitas vezes são esquecidos pelas comunidades que os vivenciaram. Um exemplo disso é a Batalha de Itacoatiara, que ocorreu em 24 de agosto de 1932, às margens do Rio Amazonas, durante a guerra civil constitucionalista. Neste conflito, os rebeldes enfrentaram os governistas e foram derrotados, um resultado comum na trajetória histórica do país.
No episódio, ao contrário da expectativa dos amotinados que aguardavam um comando para agir em "72 horas", a posse de Lula não proporcionou a oportunidade que os rebeldes necessitavam. O prefeito e o vigário de Itacoatiara tentaram dissuadir os insurgentes de atacar os governistas, mas não obtiveram sucesso. Em meio a essas discussões, embarcações governamentais chegaram e, ao receberem a ordem de atacar, resultaram em uma humilhante derrota para os revoltosos.
A batalha, que muitos preferem esquecer devido ao envolvimento de parentes e amigos, renasce agora através de uma história em quadrinhos criada pelo artista Rogério Mascarenhas, conhecido como Romahs, do Black Eye Estúdio. O trabalho busca relembrar a Batalha de Itacoatiara, evento que se destaca como a única batalha naval do século XX no Brasil antes da Guerra das Malvinas.
A tendência na história brasileira é que o governo só perca batalhas quando está em um estado de fraqueza, como demonstrado na Proclamação da República. Atualmente, com os mecanismos estabelecidos na Constituição de 1988, o Estado brasileiro exibe uma resistência robusta e não sucumbe a pressões externas.
Em outro tema, os candidatos ao governo de Rondônia começam a se articular para formar alianças visando as eleições de 2026. Figuras como o senador Marcos Rogério (PL), o deputado federal Fernando Máximo (PL) e o prefeito de Porto Velho, Leo Moraes (Podemos), já são especulados para estar juntos no mesmo palanque. Contudo, ainda não está claro quem será o candidato a governador, Rogério ou Máximo. Leo Moraes também pode indicar Paulo Moraes Filho como vice na aliança, de acordo com rumores de bastidores.
Enquanto isso, exceto pelo União Brasil, que apresenta candidatos expressivos para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados, outras agremiações enfrentam dificuldades em estruturar suas nominatas para apoiar os postulantes majors. Os governadoráveis Hildon Chaves (PSDB) e Adailton Fúria (PSD) buscam novos nomes para suas candidaturas. A coalizão Caminhada da Esperança, que reúne oito siglas de centro e esquerda, pode se dividir em duas alas para acomodar todas as candidaturas proporcionais.
Em outros estados, a influência dos bolsonaristas se intensifica. No cenário de Santa Catarina, o vereador Carlucho Bolsonaro é candidato, enquanto em Rondônia, o cabo Daciolo e em Roraima, o deputado federal Hélio Negão também tentam fortalecer suas presenças políticas. Carlucho está liderando pesquisas, mesmo enfrentando conflitos entre políticos conservadores, enquanto Daciolo ainda busca conquistar espaço em Rondônia e Negão negocia suas oportunidades em Roraima.
A situação das cracolândias em Porto Velho exige atenção urgente das esferas governamentais estaduais e municipais. Além das dificuldades enfrentadas no centro da cidade, áreas da Zona Leste e Zona Sul também sofrem com o aumento de pontos de vendas de drogas. A ação social na capital não está conseguindo atender adequadamente a demanda de andarilhos e moradores em situação de rua.
Por fim, a crescente presença do Comando Vermelho, oriundo de prisões no Rio de Janeiro e São Paulo, já está em 25 estados e no Distrito Federal. Em Manaus, Rio Branco e Porto Velho, as penitenciárias estão superlotadas, com apreensões significativas de drogas. Além disso, a organização criminosa tem expandido suas atividades para garimpos ilegais na Amazônia e o tráfico de drogas se intensifica nas rotas que cruzam fronteiras com países vizinhos.