Região Norte vai receber testes para monitorar hepatite D
A região Norte vai receber testes de diagnóstico e monitoramento da hepatite D, que é uma das formas mais graves da hepatite viral. Assim como outros tipos da doença, pode não apresentar sintomas.
O novo modelo de testagem é uma iniciativa inédita do Ministério da Saúde e deve aumentar a capacidade de diagnósticos. Os testes serão feitos em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz de Rondônia. Depois, expandido para outras regiões do país.
Mais de 72% dos casos de hepatite D no país estão concentrados na região Norte, principalmente no Amazonas e Acre. Do total de registros desde o ano 2000, quase dois terços ocorreram entre pessoas pretas ou pardas.
A manifestação do vírus da hepatite D é mais grave porque depende da presença da infecção de outro vírus, o da hepatite B. Essa infecção simultânea, de um hospedeiro por vários patógenos, aumenta os riscos de cirrose, câncer do fígado e morte.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a infecção crônica do vírus B é responsável por quase metade das mortes relacionadas às hepatites virais.
Apesar de não existir medicamento para cura da hepatite B, os remédios disponíveis ajudam no controle da doença. No caso da hepatite C, os medicamentos disponibilizados no SUS alcançam a cura em mais de 95% dos casos. Também fazem parte do calendário nacional as vacinas contra hepatite A e B.
O Ministério da Saúde tem um plano de eliminação dessas doenças, como problema de saúde pública, até 2030.
Agência Brasil